quarta-feira, 18 de março de 2009

Tabuaço - Estradas «reais»

O Programa NÓS POR CÁ, da SIC, passou, ontém, dia 17 de Março, uma reportagem referente ao grande descontentamento que existe em Tabuaço pelo facto de os sucessivos governos continuarem a adiar a construção de melhores e mais modernas acessibilidades a este concelho e aos que o circundam, provocando a estagnação económica, a desertificação humana...

Para que os leitores melhor possam opinar sobre o assunto, deixamos aqui o respectivo endereço: http://sic.aeiou.pt/online/noticias/programas/nos+por+ca/

De igual modo, o Jornal Público recentemente publicou uma entrevista ao edil tabuacense, referente ao mesmo assunto, cujo endereço igualmente publico aqui: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1368422&idCanal=59

Tabuaço tal como a maior parte dos concelhos do interior norte do distrito de Viseu, tem sido quase esquecido desde há mais de cem anos. Conhecendo a história deste município, pensamos para nós: e foi este um dos concelhos mais desenvolvidos da região em finais do séc. XIX…

Todos os tabuacenses, independentemente da cor partidária, pretendem acessos condignos, que os liguem à auto-estrada A-24 que atravessa o concelho de Lamego, rumo a Viseu, à Régua ou a Vila Real. Entre Lamego e Tabuaço existe o concelho de Armamar. Cada um desses concelhos encontra-se implantado em serras altas separadas por profundos vales. São orografias de sonho, com muito património cultural e arqueológico, excelentes para o turismo e lazer, mas sem acessibilidades condignas. E essa acessibilidade mais directa, com necessárias pontes sobre esses vales (caras dirão uns, mas sempre necessárias), poderia ser estendida por São João da Pesqueira, até ir dar a Vila Nova de Foz Côa...

Tal como todos os portugueses, independentemente do regime político a que aspirem, estes cidadãos anseiam por ter melhores condições de vida, melhores acessos para todos os serviços de que necessitam no seu dia-a-dia, melhores acessos para que os turistas os possam visitar e para que as empresas se possam fixar e ter acessos mais seguros e directos para escoar os seus produtos e serviços.

Não é esta a ambição de todos os autarcas? Poder melhorar as suas terras e vê-las crescer, com melhores acessos, para que se possam fixar empresas e cidadãos? Depois admiram-se em Lisboa que haja sangria demográfica, assimetrias regionais… migração nas suas mais diversas formas…

Embora pareça irónico apelar ao que a Monarquia fez a verdade é que a República esquece e protela... Temos para nós que apesar de o estilo utilizado poder parecer algo despropositado numa República, o que é certo é que estamos perante uma boa chapada de luva branca para com a Administração Central. A partir do momento em que algo apenas se faz se for notícia, aparecendo na TV e nos jornais...

Uma coisa é certa, os habitantes do concelho de Tabuaço também pagam impostos, também têm sonhos e desideratos para cumprir e aguardam pelo respectivo retorno. O município de Tabuaço já gastou vários milhares de euros no projecto deste ambicionado traçado. E não é de agora… E o Estado Português...?

Parque Abel Botelho, em Tabuaço