N. TABUAÇO, PORTUGAL, 23.09.1854 – F. BUENOS AIRES,
ARGENTINA, 24.04.1917
Desenho a grafite e aguarela sobre papel, 30x40cm, 2021
por Gustavo Monteiro de Almeida
Oficial do Estado-maior do Exército Português, político, diplomata, jornalista, crítico de arte, ensaísta, poeta, dramaturgo, contista e romancista notável e «audacioso», Abel Acácio de Almeida Botelho nasceu em Tabuaço em 23 de Setembro de 1854, tendo falecido em Buenos-Aires em 24 de Abril de 1917, quando aí exercia as funções de Ministro Plenipotenciário de Portugal na República da Argentina, desde 1912.
Abel Botelho, enquanto escritor, é considerado um representante, em Portugal, do naturalismo de Émile Zola, e o seu maior expoente em terras portuguesas. A sua obra, tanto no teatro como na literatura, exceptuando o volume de contos Mulheres da Beira, pertence à categoria da literatura crua e dura, em que o autor debuxa, aliás com mão de mestre, os quadros da mais sórdida e doentia miséria social, como forma de crítica social.
Abel Botelho era considerado académico de mérito da Academia das Belas-Artes e membro da Comissão dos Monumentos Nacionais. Foi, também, um dos pais da bandeira da República Portuguesa, juntamente com Columbano Bordalo Pinheiro e João Chagas.
Abel Botelho também detinha dotes artísticos, desenhando com muita perfeição, à pena, e colaborando com desenhos na revista Occidente. Diz-se que muitas vezes elaborava esquiços dos espaços interiores e exteriores onde decorriam os enredos dos seus romances, como forma de auxílio para a elaboração da sua prosa.
Abel Botelho foi
inúmeras vezes retratado e caricaturado por inúmeros artistas, nomeadamente
Columbano Bordalo Pinheiro, António Ramalho, Francisco Valença, José Tagarro,
entre outros. A estes junta-se agora, humildemente, Gustavo Monteiro de
Almeida, em homenagem a este ilustre tabuacense.
ABEL ACÁCIO
DE ALMEIDA BOTELHO PORTRAIT
B. TABUAÇO, PORTUGAL, 23.09.1854 – D. BUENOS AIRES,
ARGENTINA, 24.04.1917
Graphite and watercolor drawing on
paper, 30x40cm, 2021
by Gustavo Monteiro de Almeida
OFFER FROM THE AUTHOR TO THE MUNICIPALITY OF TABUAÇO TO INTEGRATE THE
COLLECTION OF THE ABEL BOTELHO MUSEUM, IN TABUAÇO
Portuguese Army General Staff officer, politician, diplomat, journalist, art critic, essayist, poet, dramatist, storyteller and notable and «audacious» novelist, Abel Acácio de Almeida Botelho was born in Tabuaço on September 23, 1854, having deceased in Buenos-Aires on April 24, 1917, while exercised the functions of Plenipotentiary Minister of Portugal in the Republic of Argentina, since 1912.
Abel Botelho, as a writer, is considered a representative, in Portugal, of the naturalism of Émile Zola, and its greatest exponent in Portuguese lands. His work, both in theater and in literature, with the exception of the volume of short stories Mulheres da Beira, belongs to the category of raw and hard literature, in which the author draws, in fact with a master's hand, paintings of the most sordid and sickening social misery, as a form of social criticism.
Abel Botelho was considered an academic of merit at the Academia das Belas-Artes and a member of the National Monuments Commission. It was also one of the fathers of the Portuguese Republic flag, along with Columbano Bordalo Pinheiro and João Chagas.
Abel Botelho also had artistic skills, drawing to perfection, with pen, and collaborating with drawings for the Occidente magazine. It is said that he often made sketches of the interior and exterior spaces where the plots of his novels took place, as a way of helping to elaborate his prose.
Abel Botelho was portrayed and caricatured by countless artists, including Columbano Bordalo Pinheiro, António Ramalho, Francisco Valença, José Tagarro, among others. These are now humbly joined by Gustavo Monteiro de Almeida, in homage to this illustrious man born in Tabuaço.
PORTRAIT D'ABEL
ACÁCIO DE ALMEIDA BOTELHO
N. TABUAÇO, PORTUGAL, 23.09.1854 – D. BUENOS AIRES,
ARGENTINA, 24.04.1917
Dessin au graphite et aquarelle sur
papier, 30x40cm, 2021
par Gustavo Monteiro de Almeida
OFFRE DE L'AUTEUR À LA
MUNICIPALITÉ DE TABUAÇO POUR INTÉGRER LA COLLECTION DU MUSÉE ABEL BOTELHO, EN TABUAÇO
Officier d'état-major de l'armée portugaise, homme politique, diplomate, journaliste, critique d'art, essayiste, poète, dramaturge, conteur et romancier notable et « audacieux », Abel Acácio de Almeida Botelho est né à Tabuaço le 23 septembre 1854, et décédé à Buenos- Aires le 24 avril 1917, alors qu'il y exerçait les fonctions de ministre plénipotentiaire du Portugal en République d'Argentine, depuis 1912.
Abel Botelho, en tant qu'écrivain, est considéré comme un représentant, au Portugal, du naturalisme d'Émile Zola, et son plus grand représentant en terres portugaises. Son œuvre, tant théâtrale que littéraire, à l'exception du volume de nouvelles Mulheres da Beira, appartient à la catégorie de la littérature brute et dure, dans laquelle l'auteur dessine, en fait d'une main de maître, des peintures des plus misère sociale sordide et écoeurante, comme forme de critique sociale.
Abel Botelho était considéré comme un universitaire de mérite à l'Academia das Belas-Artes et membre de la Commission des monuments nationaux. C'était aussi l'un des pères du drapeau de la République portugaise, avec Columbano Bordalo Pinheiro et João Chagas.
Abel Botelho avait également des compétences artistiques, dessinant à la perfection, à la plume et collaborant avec des dessins pour le magazine Occidente. On dit qu'il a souvent fait des croquis des espaces intérieurs et extérieurs où se déroulaient les intrigues de ses romans, afin d'aider à élaborer sa prose.
Abel Botelho a été dépeint et caricaturé par d'innombrables artistes, dont Columbano Bordalo Pinheiro, António Ramalho, Francisco Valença, José Tagarro, entre autres. Ceux-ci sont maintenant humblement rejoints par Gustavo Monteiro de Almeida, en hommage à cet homme illustre né à Tabuaço.