sexta-feira, 13 de maio de 2005

Aida Baptista - Passaporte Inconformado


Passaporte Inconformado de Aida Baptista *

Uma Escritora nascida em Pinheiros - Tabuaço

Maria Aida Costa Baptista nasceu em 1948 na freguesia de Pinheiros, concelho de Tabuaço, distrito de Viseu. Com a provecta idade de um ano foi com seus pais para Angola, onde viveu na cidade de Benguela, até aos 26 anos de idade. Aí estudou, casou, teve dois filhos e iniciou a sua actividade docente.

Com o 25 de Abril regressou com a família a Portugal, onde fez a Licenciatura em História e uma Pós-graduação em Estudos Europeus na Universidade de Coimbra. O Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas seria feito posteriormente na Universidade Nova de Lisboa.

Sendo já professora efectiva do 1.º Grupo da Escola EB 2,3/S do Sardoal, candidatou-se em 1989 a Leitora de Português no estrangeiro, acabando por ser colocada na Universidade de Helsínquia, Finlândia, onde cumpriu uma missão de 8 anos.

Em 1998 foi nomeada pelo Instituto Camões para uma segunda missão na Universidade de Toronto, Canadá.

Em 2003, depois de terminada a missão no continente americano, decide reunir em livro algumas das suas experiências pessoais e profissionais, tendo resultado esta sua primeira publicação, Passaporte Inconformado, cuja 1.ª edição foi publicada em Junho de 2004 pelas Edições MinervaCoimbra, com o patrocínio da Sanofi-synthelabo e o apoio da Câmara Municipal do Sardoal, da Direcção Regional das Comunidades – Presidência do Governo dos Açores, do BCP Bank e da CIRV – Rádio Internacional – Toronto.

Passaporte inconformado trata-se de um conjunto de cinquenta crónicas aleatoriamente escolhidas pela autora de entre muitas das publicadas em diversos órgãos de imprensa com os quais tem vindo a colaborar. Nas palavras da autora, através desta obra, e apesar de, por vezes, partir de referências autobiográficas, apenas pretende dar voz a todos aqueles que passaram pelas vivências ligadas ao "abandono do espaço-berço", a Emigração.

Trata-se, pois, de uma aventura que tanto pode ser descrita em histórias de sucesso, como remeter o leitor para o esquecimento relativamente àqueles que se "envergonham de não ter conseguido subir os degraus que conduzem ao miradouro do êxito".

Ainda de acordo com as suas palavras, resta-lhe “a certeza de que, tanto num caso como no outro, todos se sentem unidos pelo mesmo documento, um passaporte inconformado, feito de tantas páginas quantas as entradas e saídas carimbadas pelo lacre que escorre do tempo”.

Aqui fica a referência a mais um nome promissor do panorama literário nacional, Aida Baptista, natural de Pinheiros – Tabuaço, cujo fulgor vai pululando e dando a conhecer, com qualidade, humildade e forte sentido a sua/nossa Portugalidade, numa obra entretecida por vivências profissionais e pessoais da autora e que nos levam à meditação acerca do percurso de vida de cada português, tanto aqui como acolá, na aventura da diáspora.


Gustavo Monteiro de Almeida
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* O presente artigo será publicado na próxima edição, de 15 de Maio de 2005, do quinzenário Correio de Tabuaço.

** Mais informações sobre a autora em: http://manuelcarvalho.8m.com/aidaentrev.html


16 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei curiosa :)) Beijo grande :)

Anónimo disse...

Esqueci-me de referir que achei o título brilhante. Diz tanto...

Anónimo disse...

Excelente trabalho sobre esta escritora. Não conhecia o seu nem sequer o seu nome, talvez, ignorância de desconhecimento meu! Devia-se apostar na divulgação de autores que são menos falados e quem nem por isso deixam de ter a qualidade de outros. Gustavo, os meus sinceros parabéns. Cumpriemntos.

AnaP disse...

Beijinhos!

augustoM disse...

A imigração tem disso um pouco, passar da esperânça inicial ao sucesso, e então sucede que "envergonhamos de não ter conseguido subir os degraus que conduzem ao miradouro do êxito". Também fui imigrante, durante algum tempo, sei avaliar a veracidade da frase.
Quanto aos barcos, estamos no mesmo barco, eles e o mar são a minha grande paixão, só por acidente não fiz do mar a minha profissão.
O Fernando do Fraternidade está a conbinar um jantar de blogers, vá lá ver como é, uma oportonidade de todos nos conhecermos pessoalmente. Já fui a um organizado pela Pandora Box, e digo-lhe foi muito gratificante.
Um abraço. Augusto

Anónimo disse...

Passaporte Inconformado... Quanto poderá pesar este título ?, quanta intencionalidade haverá nas interpretações ?, quantos já se abraçaram a um simples livrete de salvação?, quantos já os lavaram com lágrimas e outros os enterraram com sangue?...... O meu, (um) não tem por título "inconformado" porque é sempre renovado porque é a certeza minha de que existo. O outro têm que me lembrar para o fazer. Por quê... adevinhem.
Imigrante sou, aqui, ali, aí, acolá. Ontem, hoje, amanhã, sempre o serei, sempre o seremos porque antes de nascermos todos nós viemos de algum lugar. Conformados ou inconformados, todos nós cá chegamos e o PASSAPORTE foi cá que o recebemos.
Parabéns Dra. Aida Baptista pelo caminho percorrido e pelo muito que ainda terá que calcorrear.
Um abraço amigo Gustavo. Agora que me ensinou o caminho, vai ter que me aturar.

Suor do Xisto

Anónimo disse...

Tabuaço é mesmo um manancial de escritores. Não conhecia e gostei de saber. Obrigada querido Gustavo!

BeijinhosssssssDAD

Gustavo Monteiro de Almeida disse...

Olá a todos: Hoje respondo a cada um. Apetece-me! :)

Carla: É verdade, eu também fiquei curioso, e achei o título do livro bastante intrigante, senão mesmo cirúrgico. Abertas as suas páginas, não descansamos enquanto não o percorremos de lés a lés, (re)descobrindo tanto de nós próprios, portugueses.

Maria do Céu: Não me agadeça a mim mas sim à escritora, pois a matéria é toda da sua safra, e apenas conformada pelos meus parágrafos, algumas palavras e vírgulas. É bem verdade! É necessário e urgente apostar na divulgação de obras nacionais. Não é necessário ter um grande nome para se poder escrever bem.

AnaP: Beijinhos, também para ti. Sei que andas sem grande vontade de escrever. Mas, também eu continuo à espera da tua escrita mais profícua. Mais uma beijoca grande. :)

AugustoM: É verdade que a imigração tem destas coisas. Dando frutos, muitos deles com espinhos, mas frutos. Apesar de tudo, há que saber apreciá-los.
Quanto aos barcos, continue. A tradição portuguesa está pejada de histórias sobre a navegação e cousas conexas. Que manancial...!!
Quanto ao jantar, talvez seja um pouquinho complicado para mim, pois já não sei para onde me virar: excesso de agenda. Talvez numa altura mais calma. Mas obrigado pelo convite. Será interessante.

Suor do Xisto: Finalmente desvirgina este blog com as suas palavras. Seja bem vindo a esta humilde casa tabuacense. Esteja à vontade para comentar as publicações recentes e mesmo as mais antigas, publicadas desde Março (basta ir ao arquivo, do lado esquerdo).

Dad: Quem diria não é!? Onde se foi meter ao começar a trocar experiências de vida com Durienses (Tabuacenses). Beijocas, sua «marafada», espero que continue a apreciar e muito boas pinturas.

Anónimo disse...

Gustavo!

Através de vocês todos, meus queridos Durienses,meus amigos, aprendi uma cultura diferente das terras quentes do meu Sul, muita generosidade, muito amor à terra, grande cultura, muita arte!

Fiquei completamente rendida!

Bjs DAD

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

esta senhora tem a mania que e uma escritora e pessoa de bem mas o que as pessoas nao sabem e que esteve em angola onde vive o irmao mais velho e em vez de reconciiar o casamento do mesmo fez tudo para os separar.O advogado do outro irmao ligou a pedir os bens dos pais para as partilhas pois esta senhora e a cabeça de casal e ela mandou 5 folhas A4 a lavar a roupa suja quando o advogado so lhe estava a pedir os bens.
Em janeiro do proximo ano 2 dos irmaos vao a tribunal e esta senhora em vez de os reconciliar pois e a mais velha vai depor contra o proprio irmao.As pessoas nao sabem que no Sardoal vivia num bairro social e a unica forma de sair desse bairro foi casar com um velho que poderia ser seu pai.Isto e so uma amostra desta senhora que se faz passar por uma pessoa de bem.

Anónimo disse...

esta senhora tambem esqueceu de falar que teve de sair da escola no Sardoal derivado a sua arrogançia pois os colegas nao a suportavam.