Água, de autor anónimo
Fui desafiado pela minha querida amiga Ana para que respondesse a um pequeno inquérito e o publicasse, aqui no Ars Lusa.
O referido inquérito/desafio, tal como ela refere, advém de um blog que visitou, o confessionário de um padre, onde o descobriu e repescou para divulgação.
Tal como ela o referiu, também aqui está aberto o campo para vocês, se quiserem, responderem ao mesmo, do vosso jeito, de acordo com o vosso sentir, enquanto comentário.
O referido inquérito/desafio, tal como ela refere, advém de um blog que visitou, o confessionário de um padre, onde o descobriu e repescou para divulgação.
Tal como ela o referiu, também aqui está aberto o campo para vocês, se quiserem, responderem ao mesmo, do vosso jeito, de acordo com o vosso sentir, enquanto comentário.
As questões estão redigidas tal como a Ana as entendeu trajar, sendo as respostas as que me ocorreram tendo em conta as circunstâncias actuais que conformam e moldam a Humanidade:
Imagina que Deus marcou um encontro contigo num determinado restaurante perto da tua casa. Imagina-te sentado/a ao Seu lado, a dialogar com Ele. E agora pergunto eu [sic]:
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1 - Qual era a ementa que Lhe sugerias e porquê?
Talvez Lhe sugerisse que começássemos por beber um pouco da água que representa a nossa Fons Vitae, sem a qual nada somos, com o ensejo de lhe demonstrar que é necessário que inspire a humanidade a não polui-la, pois precisará dela sempre… Depois, talvez procurasse uma ementa composta por pequenos pratos representativos de todas as diferentes culturas a nível mundial, que não podem ser esquecidas sob pena de sermos sempre parcelares na apreciação do génio humano e de todos os povos.
Talvez Lhe sugerisse que começássemos por beber um pouco da água que representa a nossa Fons Vitae, sem a qual nada somos, com o ensejo de lhe demonstrar que é necessário que inspire a humanidade a não polui-la, pois precisará dela sempre… Depois, talvez procurasse uma ementa composta por pequenos pratos representativos de todas as diferentes culturas a nível mundial, que não podem ser esquecidas sob pena de sermos sempre parcelares na apreciação do génio humano e de todos os povos.
2 - Que motivo teria Deus para querer almoçar contigo?
Não sei. Mas sentir-me-ia honrado e tentaria ser digno da Sua companhia, tentando aprender o máximo, amadurecer mais um pouco, e demonstrar, também, porque razão é que somos todos considerados Seus filhos, fruto de Criação Divina.
3 - Fazia-te perguntas acerca da Igreja. Que Lhe contavas?
Dir-lhe-ia que as Igrejas necessitam de um salvo conduto Seu para se poderem afastar do caminho menos próprio que escolheram e que é fonte de todos os males e desinteligências que criaram ao longo dos séculos, na ânsia de protagonismo, criando excesso de dogmatismo em vez da procura da verdade e da humildade em querer percorrer um caminho de desenvolvimento espiritual. Dir-lhe-ia, também, que existem muitas pessoas com empenhada fé interior que gostariam de poder transmiti-la aos que as rodeiam, mas que por falta de unidade de credos, se sentem molestadas psicologicamente devido a excesso de interpretações religiosas, e que, enfim, através do Ecumenismo, talvez se conseguisse chegar à Verdade…
4 - Dava-te a possibilidade de te concretizar um desejo. Que pedias?
Pedir-lhe-ia que, pelo menos por um dia, toda a humanidade parasse para reflectir acerca do seu passado (de tudo o que tinha percorrido e de todo o bem e mal que fez a si e ao meio envolvente), do seu presente e dos seus anseios para o futuro.
5 - No final da refeição, pedia-te uma recordação. Que lhe oferecias?
Um abraço Paternal, se tal me fosse permitido, para poder sentir a sua energia conciliadora, em abandono de criança nos braços de Alguém protector, e tentar compreender um pouco da essência que nos une e diferencia enquanto ser Divino e ser corpóreo.
6 - Por fim, oferecias-Lhe um café com ou sem açúcar? Porquê?
Com açúcar, para que sentisse o mesmo que eu sinto quando bebo um café, em jeito de partilha de emoções.
7 - Quem pagava a conta?
Pagaria eu em sinal de agradecimento pela Sua e minha existência.
8 - Quem vais sugerir (3 pessoas) para almoçar com Ele? E porquê?
Não sugiro ninguém em especial, pois todos são bem vindos nesta «casa». No entanto, agradeço, desde já, a quem entender publicar o inquérito no respectivo blog, que deixe aqui a referência a tal facto como comentário, para poder ser partilhado por todos os visitantes.
13 comentários:
RESPOSTA AO QUESTIONARIO :
1°- Bacalhau com migas na telha do Tábua d'Aço com azeite da Pena da Rosa.
2°- Obrigarme a mudar de Regime (Político e alimentar). Até aceito desde que não me obrigue a mudar de clube. Aí prefiro mudar de religião - Sporting até no Céu...
3°- Que a coisa aqui tá preta.
4°- Se Ele podia dar um geitinho aqui neste Jardim à beira mar plantado.
5°- Um bom Vinho Fino, não do Porto mas de Tabuaço.
6°- Sem açúcar p'ra Ele também sentir as amarguras da vida. a democracia é p'ra todos.
7°- Ele que tá melhor de vida.
8°- Os 3 candidatos à Camara Municipal de Tabuaço. E eu e os meus amigos na mesa ao lado p'ra escutarmos a "Choradeira".
Um abraço
Suor do Xisto
Meu querido, adorei as tuas respostas. Foi por saber que ias estar à altura do desafio que te escolhi. O pessoal tem andado preguiçoso, pá! Só uma pessoa é que respondeu nos comentários, acreditas??? Um beijo enorme para ti!
Pareces-me ser uma pessoa muito doce :) Aliás, para seres amigo da Ana, deves ser uma excelente pessoa mesmo, pois sei que ela escolhe bem os amigos :) Gostei muito das tuas respostas. Mais um cafezinho com açúcar :) Beijo grande.
Suor do Xisto: Creio que seria uma refeição um tanto invulgar, controvertida e algo hilariante...
AnaP: Obrigado. Tu é que me puxaste para que desse uso à pena e rabiscasse alguns pensamentos salutares... Muito carinho para ti, minha amiga!!
Carla: Bem, bem, assim fico corado de tanto doce. E ainda por cima sou guloso... Ai o pecado da gula... Sim, a Ana sabe com quem lida, para o bem e para o mal (ou menos bem)... Obrigado pelo comentário. Como já te disse, também gostei das tuas respostas no teu blog. A não perder pela simplicidade de bons pensamentos.
Gustavo
achei as tuas respostas sublimes, dotadas de uma sensibilidade humana incrível.
O abraço paternal que Lhe oferecias... divino.
Este foi o jantar que escolhi e que já estava no blog do Confessionário mas que transcrevo aqui com muito prazer e com o meu nome mesmo, porque ali, na altura, assinei Mulher,
Então aí vai!
Marcámos o jantar para um restaurante pequeno, junto ao mar.
Ele disse que sabia que eu faria isso porque no mar também O vejo sempre!
Primeiro aspirámos o perfume da maresia e escolhemos juntos:
Peixe grelhado e salada (falamos mais do que comemos)
Ai Ele disse-me que queria saber a minha opinião sobre o que estava a acontecer
na dita Sua Igreja, onde Ele se revia muito pouco. Disse-me que não gostaria de ter tido uma organização assim, mas que os Seus filhos ainda são todos crianças e limitam-se, grande parte deles, a brincar ao Poder, em vez de viver o Amor que foi o que Ele quis ensinar...
Disse-me que todos ainda estamos na idade infantil e que misturamos muito a matéria e o espirito, fazendo pouca distinção entre os campos, o que faz sofrer muita gente, mas que criança é bagunceira mesmo e nós ainda somos crianças para Ele. Discutimos demais e fazemos de menos. Ainda não percebemos que a Terra poderia ser um reflexo do Céu!
Perguntou-me qual o meu desejo que estava por concretizar e que eu queria muito. Eu disse-lhe: Meu Deus faz com que todos os homens se entendam e tenham o suficiente para viver,para que a fome acabe no mundo e o Planeta Terra seja preservado; Aí Ele sorriu e disse: Estás a ver minha filha, como tu ainda és infantil? Eu não devo fazer isso. Vocês devem fazer isso! Isso faz parte da vossa aprendizagem!
Depois quis dar-lhe uma das minhas pinturas. Arranjei um formato pequeno, pois seria mais facilmente transportável. E Ele disse: Vou levar o espírito do teu quadro! É só o que me interessa. O resto, a terra vai comer, um dia...
Bebemos os dois um café sem açúcar porque ambos quisemos saborear a essência do café.
Eu quis pagar a conta, Ele quis pagar a conta e por fim, por qualquer coisa que emanava de nós, o dono do restaurante disse que a conta já estava paga e não recebeu, nem de um nem de outro. Não tínhamos que pagar nada. Não percebi, o que é que ele viu para nos oferecer o jantar!
Mas não era um almoço?....
Eu prefiro jantares e se calhar Deus também... temos mais tempo para conversar...
Ao almoço, quase sempre toda a gente corre...e sa calhar Deus também teria que correr com tantas diabrurazitas por aqui na terra...
Bjinhos
JorgeFRosa: Agradeço a visita e o comentário. Com tempo, também irei percorrer as folhas do seu Caderno da Alma.
Dad e Ana: Interessante refeição e conversa. Realmente é necessário que a humanidade deixe de ser «infantil». Alguns momentos servem para reflectir muito...
Almoço ou Jantar? Tanto faz! O que interessa é que haja diálogo e luz...
Boa refeição...
Obrigado. Creio que sim, que foi uma boa refeição...
Já viu onde isto vai!? Lol
Bem haja.
gostei das tuas respostas. A refeição está aprovada com distinção.
www.padre-inquieto.blogspot.com
Olá os meus sinceros parabéns por estas magníficas respostas. A forma como é descrito este encontro só demonstra uma enorme sensibilidade sobre uma questão polémica como é a religião.
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