sábado, 16 de abril de 2005

Infortúnios


"Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos"

Sócrates
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Aqui está uma grande verdade, capaz de fazer calar muitos daqueles que levam o seu dia-a-dia sempre a queixarem-se da vida...
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Ainda temos muito para (re)aprender com os antigos Mestres...

7 comentários:

AnaP disse...

Ah, pois... há sempre quem se queixe de barriga cheia. Mas também há quem diga que como os males dos outros pode bem... O que eu digo é que sinto as minhas tristezas e as minhas dores e essas ninguém mas tira, por muito que me mostrem que há pessoas que sofrem muito mais do que eu. E por vezes sinto as tristezas dos outros como se fossem minhas (e tu sabes disso). O que acho é que não devemos desprezar a nossa dor em prol de dores maiores que outros tenham. Devemos sentir a nossa dor, admitir que a sentimos, dizer que nos dói, chorar, protestar, gritar se preciso for... Mas não deixemos de olhar para o vizinho do lado. Um beijo (estou com sono e acho que este comentário não faz muito sentido)

Anónimo disse...

Vou embora, vou partir…



Vou para longe, longe de tudo,



Vou em direcção ao infinito…



Procurar refúgio, aconchego



Onde a dor não existe,



Onde o amor não existe,



Onde tudo é nada,



Onde nada é o vazio…



O vazio dum final,



O fim de uma aventura,



A aventura que termina,



De uma vida que não é vida!







Vou mas não volto,



Ninguém regressou,



Tudo é incógnita



Quero descobrir,



Se é bom se é mau



Se tem fogo, se tem água



Talvez tenha amor,



Talvez meu consolo,



Quem sabe?



Se agora acaba a dor!

augustoM disse...

Um pensamento de Sócrates que ilustra bem o egoísmo humano. Só a minha dor é existente.

A conclusão como não podia deixar de ser é subjectiva, contudo prometo mais um texto sobre o assunto, na tentativa de me fazer compreender melhor.
Um abraço. Augusto

Leonor disse...

Grande verdade, sim senhor. Aliás, foi exactamente por Sócrates dizer verdades que lhe deram sicuta para o calar, calar o homem que insere no "milagre grego" a primeira ideia de HUmanismo.

Anónimo disse...

Esta foi 'na mouche'. Eu costumo dizer que enquanto não for abertura de telejornal, é porque me posso considerar muito feliz. Claro que os nossos medos e tristezas são muito nossos e temos direito por vezes a achá-los gigantescos, não podemos é cair numa espiral de vitimização pensando que somos as pessoas mais infelizes do mundo. Enquanto tivermos saúde, amigos, família, amor... podemos considerar-nos muito felizes :) Beijo enorme :)

Anónimo disse...

A felicidade somos nós que a procuramos e realizamos.... a dificuldade está em como?

Andre Moa disse...

Se a verdade existisse, não haveria nem sequuer uma obra de arte. Já estaria tudo dito e descoberto, e a arte é a incessante procura de descobrir e dizer a verdade.
Um abraço
André Moa