segunda-feira, 25 de abril de 2005

A palavra Revolução




A PALAVRA REVOLUÇÃO

Com nove letras se escreve
Com nove letras se diz
A ideia Revolução
Que o povo do meu país
Gravou já no coração.
Esta palavra de amor
Só a soletra e percebe
Só a defende quem for
Solidário em qualquer parte
Cidadão a tempo inteiro
Com vontade engenho e arte
E coração prazenteiro.
Quem a escreve sem erre
E lhe chama evolução
Não passa de almocreve
Da contra – revolução.
Já o Caetano flanava
A bandeira evolução
Mas só na continuidade.
A essa o povo diz: Não!
Para evoluir é preciso
Saltar muros ir em frente
Em busca do paraíso
Na terra para toda a gente.

Sem erre a evolução
Não nos traz nada de novo.
Cravo Abril Revolução!
É este o grito do Povo.
Evolução? Com certeza!
Para pôr o país no são
Só cravos à portuguesa:
Flor de Abril Revolução!
Semente fermento e pão
De um povo que se quer livre
Do jugo da opressão
Pois que só livre se vive.
Escrita no pensamento
Na mente no coração
Nada apaga nem o tempo
A ideia Revolução.
Povo e Alegria aos molhos
Sorrisos Cravos aos mil
Razão de ser Luz dos olhos
Revolução Mês de Abril
Liberdade Amor Paixão
Abraços Democracia
Paz e pão Revolução
É esta a Hora Este o Dia!


André Moa
*
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15 comentários:

Anónimo disse...

Espero que este e todos, sejam dias de promover os ideais de Abril!Para o bem de todos nós!

DAD

Anónimo disse...

Que seja sempre a hora, que seja sempre o dia! Beijo grande :)

Leonor disse...

Não conhecia o poema. é bem bonito e claro muito significativo. bonito também para dá-lo na escola.

augustoM disse...

Bonito poema sobre o 25 de Abril.
Para haver evolução tem de ser permanente a revolução.

A propósito da relatividade religiosa, vou publicar um post que fiz este fim de semana, dedicado ao Génio do século XX, Albert Einstein, onde me vou meter numa alhada com a teoria da relatividade
Um abraço. Augusto

Gustavo Monteiro de Almeida disse...

Já agora, e apesar de eu ter nascido apenas alguns meses depois da revolução, gostaria de partilhar convosco este epísódio:

25 de Abril de 1974.

Estava eu ainda no ventre de minha mãe quando esse dia mudou o percurso da nação portuguesa.

Bem longe deste rectângulo de terra, face da Europa, contaram-me que, nesse dia, subitamente, começaram a chegar as notícias dos acontecimentos a Luanda, onde eu haveria de nascer cinco meses depois.

A minha mãe era professora do ensino básico e encontrava-se a dar aulas. Ao assistir ao burburinho que vinha do exterior, começou a ver inúmeras cabeças sobre os muros a olharem para o recinto escolar, com o medo estampado nos rostos. Eram pais dos diversos alunos, brancos ou pretos, não interessa, que com medo dos ruídos e notícias desencontradas que ouviam na rádio, acabaram por ir procurar os filhos para se recolherem em suas casas.

Ao que parece, devido a essas notícias dissonantes, algum regimento militar terá entendido que a escola X estava a ser atacada, por não se sabe quem, e acabou por enviar um destacamento. A páginas tantas, a minha mãe terá compreendido que algo estava errado e, ao ver os militares no exterior da escola, teve que se impor para que nenhuma chacina ocorresse por má informação.

Aqueles militares deverão ter visto, pela primeira vez, uma mulher jovem, professora e grávida, a colocar-se à sua frente impedindo que cometessem alguma atrocidade irreflectida, ainda que fosse em nome da propalada liberdade.

Aqueles pais apenas estavam a procurar os seus filhos, em normal instinto protector, para os recolherem nos seus lares até que as coisas acalmassem…

Afinal de contas, foi, sem dúvida, um dia de amor, nos mais diversos sentidos...

(trata-se de uma história verídica)

saltapocinhas disse...

Olá! Eu contei o meu 25 de Abri de 1975, portanto já eras nascido... ;)
Muito corajosa a tua mãe, como aliás todas as professoras!!

Gustavo Monteiro de Almeida disse...

Olá Saltapocinhas!

Peço desculpa pelo lapso de um ano. Lol!!!

Efectivamente, quando li o teu texto no teu blog, dei por mim a magicar o ano de 1974, ano da revolução, quando te referias efectivamente já ao ano de 1975.

Bem... pelo menos deixei aqui vertida uma semente de uma memória de família.

Infelizmente, a minha mãe já não está entre nós (desde há 7 anos) para nos confirmar mais alguns dados, que ela, enquanto professora, teria certamente sabido esclarecer melhor do que a minha memória de simples contador de algo que me foi transmitido e que, conscientemente, não consigo recordar.

Anónimo disse...

Olá Gustavo, gosto imenso dos temas que expões aqui no teu canto de ideias que de estreito nada me parece. Fala-se imenso no 25 de Abril, na liberdade que nós filhos da pós revolução não sabemos explorar. Neste dia choro os familiares, separados,massacrados e muitos mortos, que tanto fizeram por nós, para que tivessemos um futuro melhor. Um bem haja a eles

BlueShell disse...

Estou muito enjoada...Vim só dizer olá!

OLÁ!

Foi a medicação para curar a amigdalite...
Deu-me “volta à vesícula”....Jinho, BShell

(ai......)

Anónimo disse...

oi, Blue, tu tb tiveste uma crise com as amigdalites? Será algum vírus que aanda no ar?

Anónimo disse...

Quem diz que não sabemos aproveitar a liberdade? Eu, por mim, sei que cresci e vivo em liberdade. A liberdade não é o paraíso - é o nosso estado normal. Adquirimo-la há muitos anos. Não admito que nada nem ninguem ma tire. Sei que é minha. Triste é viver sem liberdade ou - pior- viver com ela e ser-se cego, não a ver, não saber aproveitá-la. Sem fantasmas do passado remoto. Sem sebastianismos. Sem saudosismos parolos. Ela está à nossa frente. Para ser aproveitada por quem souber.

Gustavo Monteiro de Almeida disse...

Concordo plenamente. Há tanto para mudar... O que vale é que somos novos, ainda...

Anónimo disse...

Very nice site! » »

Ádylla¨¬£ disse...

lindo.

sempre revolução:

Anónimo disse...

Adorei do texto, tomei-me a liverdade de pega-lo numa página q tenho, já q aínda q sou da Galiza e não de Portugal, admiro muito a vossa revolução, q ogalhã a nossa histôria tiver.

Um saúdo!